Por meio de algumas boas lições da vida, houve mudanças e ainda pode melhorar muito mais o cotidiano das pessoas com deficiência física “Portadores de Necessidades Especiais” PNE´s
Ao longo dos últimos anos, conceitos como acessibilidade, adequação de infra-estrutura e igualdade de condições profissionais se tornaram amplamente difundidos no cenário brasileiro, ganhando relevância principalmente em ambientes empresariais. Com isso com a implantação da Lei de Cotas para pessoas com deficiência física (lei nº 8.213/91), estas questões passaram a fazer significativa diferença no mercado de trabalho em todo país.
Um em cada oito brasileiros apresenta algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Esta estatística foi levantada apartir de uma pesquisa realizada no período de um ano (2008-2009). Gradativamente as companhias passaram a valorizar as diferenças sociais, pois as adaptações são mais que rampas ou adequação de banheiros, atualmente estas mudanças já não são consideradas complicadas tão quanto a 20anos atrás, são adaptações que proporcionam melhorias para toda equipe de profissionais de uma empresa.
A inclusão de pessoas com deficiência na sociedade é considerada um fato recente, que teve inicio com a aprovação do artigo 93 da Lei de Cotas – em vigor desde 1991. Esta lei prevê que as empresas devem cumprir determinada porcentagem como cota para a contratação de pessoas com deficiência. Assim, muitas companhias perceberam que a inclusão conferia a empresa, além da diversidade do potencial humano uma presença com mais responsabilidade social no mercado.
Atualmente, 80 mil pessoas com deficiência física estão empregadas, esta conquista se deve a um conjunto de mudanças políticas que as empresas vem adotando e principalmente aos portadores de deficiência física que a cada dia provam a sua capacidade e competência profissional. É a superação da superação que além de se adaptar as próprias dificuldades, mostram que são igualmente competentes para atuar em qualquer segmento do mercado de trabalho.
Para a visão da sociedade deficiente físico, melhor dizendo Portador de Necessidades Especiais, é somente aquele que aparentemente tem suas limitações visíveis, no entanto existem os deficientes visuais, auditivos e também com limitações adquiridas como uma seqüela causada por acidente ou uma doença muito grave como é o caso da Artrite Reumatoide que deixa sequelas permanetes e irreversiveis, porém todos devem ter sua oportunidade na sociedade e no mercado de trabalho. Assim só será sanados o preconceito com a convivência entres todos.
Em algumas empresas a política da inclusão social, começou muito antes do surgimento da Lei de Cotas, como é o caso do SERPRO, Serviço Federal de processamento de dados, considerada uma das maiores organizações do setor em toda a América latina, é um dos exemplos de empresa, pois desenvolve as adaptações necessárias para promover a inclusão social e o bem estar dos colaboradores da organização com algum tipo de deficiência física.
Os PNE´s ainda encontram muitas dificuldades no dia-a-dia, porém de 20 anos atrás aos poucos a sociedade está cada vez mais se conscientizando. “A tendência é que cada vez mais as empresas valorizem a diversidade de estilos e invistam na competência de pessoas com deficiência”, diz André H. Ferreira 35 anos engenheiro elétrico graduado pela Escola politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), cadeirante a 07 anos devido a um acidente de moto.
Atualmente a sociedade está encarando com mais tranqüilidade e menos preconceito, esta barreira está s quebrando aos poucos com força de vontade e muita luta. As oportunidades e os incentivos no mercado de trabalho cresce a cada ano, assim os PNE´s mostram sua capacidade até de alcançar um cargo renomado como uma pessoa sem nenhuma deficiência. “A superação é aprender a lidar com as dificuldades e adaptações cotidianas”, diz Kenia Pottes portadora de ananismo.
Com tudo isso, adotando políticas de inclusão que, simultaneamente eliminasse comportamentos de discriminação social introduzindo a filosofia de integração social cada vez mais os PNE´s abrem as portas para novas visões do mundo. Dessa maneira as empresas contribuem para que a discriminação e preconceito social seja menor.
Adaptado por Carla V.Hayashi
Revista da Usinagem 62, ed. 08/2009